terça-feira, 17 de novembro de 2009


Nada era d´Ele

© Jóia Junior

Disse um poeta um dia, fazendo referência ao mestre amado:


"O berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E o manso jumentinho, em que, em Jerusalém, chegou montado e palmas recebeu pelo caminho, por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E o pão - o suave pão que foi, por seu amor, multiplicado, alimentando toda a multidão, por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E os peixes que comeu, junto ao lago e ficou alimentado, esse prato que usou por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E o famoso barquinho? Aquele barco em que ficou sentado, mostrando à multidão qual o caminho, por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos, ao lado de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou, por acaso era d´Ele?- Era emprestado!


E o local tumular, que depois do calvário, foi usado e de onde havia de ressuscitar,o túmulo era d´Ele?- Era emprestado!


Enfim, nada era d´Ele!


Mas, a coroa que Ele usou na cruze a cruz que carregou.. e onde morreu, essas eram, de fato, de Jesus!"


Isso disse um poeta, certo dia, numa hora de busca da verdade,

mas, não aceito essa filosofia que contraria a própria realidade....o berço, o jumentinho, o suave pão,os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura, eram d´Ele a partir da criação,"Ele os criou" - assim diz a Escritura....


Mas a cruz que Ele usou a rude cruz, a cruz negra e mesquinha onde meus crimes todos expiou, essa não era d´Ele,


Essa cruz era minha!